Ah, tantas coisas pra postar aqui. Quero tirar o atraso e não quero deixar de postar sobre o segundo mês no Brasil, afinal, as fotos sempre trazem o melhor de cada momento, então este será um post mais fotográfico e leve.
1- Salvadô, meu amô.
Mais uma vez ir à Bahia com minha mãe é uma das coisas mais prazerosas da vida. Queria poder voltar ao Brasil todo ano pra poder ir dar uma vasculhadinha em algum canto dessa nossa terra ao seu lado. A Bahia é importante porque é a terra onde ela nasceu e eu percebo o quanto ela se sente feliz respirando aquele ar de novo, olhando coisas que fizeram parte da sua infância e mocidade e comendo comidas que só encontramos por lá.
Mas o mais legal mesmo é ficar intensamente com minha mãe, pegando-a no braço como se eu fosse a mãe dela.
E o que dizer de Salvador, não é? Terra de pessoas queridas que sempre me acolhe bem e me faz querer voltar.
É ter cajá e graviola no mercado por poucos reais, é ver aquele mar lindo, é comer brookies de Catarina, ver, ouvir e sentir Zeza Maria. É Nana Gadelha, seu zôo e agora Bem. É Weslei tocando violão na varanda, é reencontrar e conhecer familiares…
Salvador são as paisagens, as casas antigas, a história, o cheiro…
Pelourinho
Carmo (bairro ao lado do Pelourinho)
Porto da Barra
praia
D. Maria no Elevador Lacerda
Ueeeepa! Noix no Pelourinho caçando souvenir e tomado sorvete de côco
Tia Satu e minha mãe. Tia Satú é tia de minha mãe, no meu caso, tia avó. Ela tem 85 anos.
Eu na rede de Zeza Maria, uma das casas mais delícia que estive nos últimos tempos.
2- Pegando o gancho, o calor!
Ahm, o calor, como te adoro <3
Eu sei que muita gente no Brasil não curte o calor extenso.
Porque eu acho que são duas coisas, ne? Além de bem quente, nosso verão é bem longo. Passamos quase 10 meses por ano fervendo e por apenas 2 ou 3 meses a temperatura baixa um pouco. Daí é tudo junto, misturado, suado e colando na pele.
Eu sempre gostei do calor, mas não gosto de temperaturas extremas. Nem frio demais, nem calor demais.
Meu ideal de temperatura é de 10 à 25 graus, mas chegar no Brasil e dar de cara com 34 graus centígrados foi um presente. Tudo muda: a pele, o cabelo, o humor… e eu fui só sorrisos por todo o tempo. Que delicia!
No geral, não me importo em morar em lugares frios. Chato é andar com 300 peças de roupas e ficar com a pele super ressecada, mas no geral dá pra encarar. Ainda assim, sou a primeira pessoa à comemorar cada grau que sobe quando estou em casa.
O mais doido é que eu vivi o outono e o inverno na NZ. Quando a primavera ia aparecer, nos mudamos para a Alemanha e chegamos aqui entrando o outono. Daí foi outra queda de temperatura e o inverno ficou bem gelado, ou seja, foram praticamente 12 meses de frio e frio
Então saí daqui aos -3 graus e me deparei com o calor e a umidade brasileira. TESAO define <3
Blusa de alcinha, vestidos, cabelo que seca em 20 minutos… Alias, o que é a roupa secar no mesmo dia? Eu nem lembrava mais como era e passei a chamar o varal com roupas secas de MÁGICO, risos.
E os sucos no calor? E a agua de coco? Não vou nem mencionar o fato de fazer feira porque isso é muito mais gostoso no calor, parece que os alimentos sensualizam nas barracas e cada mamão me chama de meu bem. Que delicia que é.
3- Costuras
Esse assunto ficou tão grande que preferi fazer um post só sobre isso, incluindo o encontrinho no Sesc <3. Next.
4-Meu apto
Voltar à minha casa foi a sensação mais estranha de todas. Não sei se vou conseguir escrever o que senti porque olha, a parada é tão íntima que não sei se sou capaz de expressar em palavras, mas foi estranho.
Primeiro porque a casa está praticamente igual ao dia que fui embora de lá. Os locatários estão há dois anos locando um apto e não mudaram quase nada. Pouca coisa se estragou com o tempo – o sofá, por exemplo, desbotou com o sol e havia poucas manchas de sujeiras no carpete – e o restante está intocável. Até a louça que deixei nos armários está do mesmo jeito. Nada foi adicionado, nada foi alterado, parece que ninguém pisou lá.
Então foi como entrar no passado, sabe?
Em um passado que ficou pra trás e eu não mais estou.
Estranho demais entrar em 2014 num apartamento ensolarado quando a vida já deu voltas e voltas. Quando aqui dentro já sou outra mas a casa é a mesma. Que estranheza, que agonia.
Engraçado que eu lembro daquele apartamento com uma lembrança boa. Foi uma alegria encontrá-lo, reformá-lo, mudar e lá viver. Era sempre uma alegria entrar naquela casa ensolarada e encontrar minhas gatas sempre espertas e atenciosas. O cheiro da casa era bom, a energia idem.. sempre uma paixãozinha.
Daí eu mudo para outro país. Depois de um tempo, troco o continente. Provei centenas de comidas, conheci gente de vários lugares do mundo, fiz tanta coisa diferente, dei a volta no globo e quando volto a casa está igual. Na simplicidade do termo: igual.
Como disse ali em cima, não vou saber expressar, mas foi estranho.
Sabe aquelas cenas de filme que a pessoa entra no passado durante o sono e a cena é toda meio esfumaçada? Foi a mesma coisa.
5- Vamos falar de coisas boa?
Museus, claro <3
Ah, amo. Nem vou escrever muito porque lembro do dia que estive na Pinacoteca e no Masp e fico saboreando as lembranças.
Pinacoteca sempre um prazer, amo aquele prédio, amo o acervo, amo o preço baixo da entrada, amo o entorno <3
Exposição com placas imensas de vidro.
A moura – Dario Villares Barbosa – 1919
Um dos meus quadros favoritos: Saudade, Almeida Junior.
Mulher do xale verde – Cyprien Eugène Boulet
Hebe, deusa da mocidade – Giulio Starace – 1934
A Pinacoteca
Masp caro pra caramba [paguei R$ 30 (e sim, eu sei que tem um dia gratuito, mas não consegui ir)] mas acervo sempre bom e adoro a forma que as obras estão expostas..
Agostinho Batista de Freitas – 1983
Outro museu que fui com minha mãe e adoramos foi o “Memorial das Baianas de Acarajé” em Salvador. Pequenininho, organizado e cheio de história e conteúdo. Tão bom que mal tirei fotos porque não queria perder as historias que essa senhora estava contando. Vale muito o passeio 🙂
Bom, é isso.
Teve muito mais na minha viagem ao Br mas por hora fico por aqui.
No próximo post falarei das coisas de costura porque senão este post ficaria longo demais =)
Boa semana,
Patricia C
Lolinha, dentro da mala enquanto eu organizava minha viagem.
pcasan
Lucy Cardia
Que linda essa gata!!! Amo gatos!
Ana Paula Infante · São Paulo
Oi que delicia ter ido viajar com a sua mamãe , acho q esse momento é único ! Quanto ao apto em Sp, acho q deve ser muito estranho mesmo , sentimentos se misturam com nostalgias, saudades , lembranças rsrs
Adorei as fotos ! ����
Beijos grandes !